“A Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um Musicoterapeuta qualificado com uma formação universitária específica na área, com um utente ou grupo, num processo de facilitação e promoção da comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, cognitivas, mentais e sociais. A Musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção, reabilitação ou tratamento” (Federação Mundial de Musicoterapia, 1996).
De acordo com a sua definição relacional, na Musicoterapia as experiências musicais e as relações interpessoais que se desenvolvem no seio dessas mesmas experiências atuam como forças de mudança (Bruscia, 1987, p.29), ou seja, cada criança utiliza a música e retira da mesma o que precisa para o seu processo terapêutico, sendo esta experiência singular.
No contexto da Musicoterapia, a música é tida como forma de estar em relação, com o intuito de fazer música para nos concentrarmos no “problema” e trabalhá-lo (e não como forma de distração ou animação). Deste modo, a música construída em musicoterapia terá de partir do utente, de forma a satisfazer as suas necessidades.